A exposição Hierofania trata-se da manifestação do sagrado no mundo concreto através de símbolos. O sagrado como função de dar sentido às coisas profanas, os símbolos como elo que ligam os dois mundos.
O termo hierofania foi cunhado por Mircea Eliade no livro Traité d’histoire des religions (1949) (do grego hieros (ἱερός) = sagrado e faneia (φαίνειν) = manifesto) e pode ser definido como o ato de manifestação do sagrado. A palavra foi escolhida como título da exposição porque ela traz objetos e simbologias que nos remetem a alguma memória ou a algum valor que nos religa à nossa essência.
A exposição é composta por objetos, pinturas, instalações e realidades virtuais que explora os materiais como ferramentas que moldam nossa realidade e dão sentido à nossa existência, tornando-se assim, sagrados.
Para a construção da narrativa da exposição a artista usa influências da alquimia, de objetos do cotidiano brasileiro e de suas próprias memórias.
Podemos ver a alquimia na escolha das cores das obras como branco, preto, amarelo e vermelho, as ferraduras, as miçangas, os ladrilhos remontam o imaginário da sua trajetória e marcam o caminho em busca da hierofania.
A montagem da exposição é pensada como um caminho iniciático que passa pelas 4 fases alquímicas:
A iluminação, a última fase é composta por 2 instalações, uma física e outra digital. A física é feita com a série Serpentes juntamente com realidade aumentada em que o visitante poderá colocar uma vela no centro através de um filtro do instagram. Já a obra digital Portais é feita em realidade virtual visualizada por um óculos VR onde o observador terá a experiência de entrar no mundo dos símbolos criados pela artista.